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Qualquer empresa precisa investir em ativos que vão gerar retorno para seus acionistas. O dinheiro investido pode ser tanto do próprio acionista (Capital Próprio) ou de Terceiros (Capital de Terceiros). Mas como o empresário pode saber qual é o retorno sobre os investimentos? Como ele pode garantir que o custo do dinheiro investido não é maior do que o retorno que os ativos da sua empresa geram? Vamos tentar responder a estas perguntas nessa dica.
Para calcular o ROIC, vamos utilizar as informações apuradas nas demonstrações contábeis da empresa (DRE e Balanço Patrimonial). A fórmula mestre do ROIC é:
ROIC = NOPAT / Valor Contábil do Capital Investido
Vamos analisar e explicar essa fórmula:
- O NOPAT é a receita operacional da empresa menos os impostos hipotéticos sobre a mesma. Mas porque usamos o NOPAT e não o Lucro Líquido para o cálculo do ROIC? O motivo é simples: o retorno sobre o capital tem como objetivo medir o retorno sobre o capital total da empresa. O lucro líquido mede o retorno para os acionistas já descontados quaisquer pagamentos de juros e assim deixaremos de fora o retorno sobre o Capital de Terceiros. Portanto, o correto é utilizar a receita operacional que está antes dos juros sobre empréstimos. Lembramos também que o NOPAT é liquido de imposto de renda. É importante retirar os impostos pois já consideramos o efeito deles no cálculo do custo de capital (WACC ou CMPC).
- Valor Contábil do Capital Investido – Na maioria das vezes ao tentar estimar os valores de bens da empresa, nós preferimos utilizar o valor de mercado (por exemplo no cálculo do WACC). Porém, esse caso é diferente. No cálculo do ROIC vamos utilizar o valor contábil tanto da dívida quanto do capital próprio. Isso se dá porque no cálculo do ROIC nós buscamos o retorno sobre o capital investido em ativos já existentes e assim assumimos que o valor contábil da dívida e do capital próprio englobará corretamente esse investimento. O valor de mercado do património líquido é afetado pelos ativos de crescimento que não geram fluxo hoje, mas vão gerar no futuro. Assim, o valor de mercado pode ser maior do que o capital investido nos ativos existentes e o ROIC será subestimado (o denominador será maior do que deveria).
- Diferenças temporais – Outra pergunta que pode afetar esse calculo é o momento em que vamos calcular o valor do capital. O correto é utilizar o capital calculado no início do período medido. Por exemplo, se queremos analisar o ROIC do ano 2015, utilizaremos 31/12/2014 como data base do valor do capital investido. Partimos do pressuposto que investimento feito dentro do ano de exercício não vai começar a gerar retorno tão cedo. Vale ressaltar que alguns analistas preferem fazer a média entre o capital do início do período e do final dele.
Para um maior aprofundamento, recomendamos o artigo: Aswath Damodaran, Return on Capital (ROC), Return on Invested Capital (ROIC) and Return on Equity (ROE): Measures and Implications, Sten School of Business July 2007.
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Boa semana e fica a dica!
Equipe Priority Partners.