Consultoria, Financeiro, Geral, Gestão
Entendendo o Picking | Parte 1
março 20, 2015 - Consultoria, Financeiro, Geral, Gestão
Esta semana falaremos de um assunto bastante específico ligado ao SCM (Suply Chain Management), tema já discutido em uma dica anterior. Como seu teor é muito abrangente, vamos partir em várias dicas, para em breve retornar com outras abordagens relacionadas. O Picking ou Order Picking nada mais é do que processo de retirar produtos dos estoques, para consolidar carga para um determinado cliente. Quando você vai ao supermercado com uma lista de compras, ao pegar um produto na gôndola, você está realizando um Picking. Intuitivamente, você sabe que se sua lista (Picking List) estiver de acordo com a disposição física dos produtos e se você percorrer o caminho de acordo com essa lista, seu tempo dentro do estabelecimento vai diminuir bastante. Você também sabe que deve deixar os itens de geladeira por último, em função da perecibilidade. E também sabe que os itens mais pesados devem ficar por baixo, para não danificar os itens mais leves e frágeis. É uma analogia perfeita com o que acontece nos grandes armazéns, porém, incluiremos alguns tópicos para abordar melhor o assunto. A atividade de Picking pode ser definida como “a atividade responsável pela coleta do mix correto de produtos na área de armazenagem, em suas quantidades corretas, para satisfazer às necessidades do consumidor”. Tal atividade dentro de um armazém é considerada como uma das mais críticas, pois há um alto custo de mão-de-obra associado. Aliado ao custo, essa atividade influencia de maneira substancial o tempo de ciclo do pedido, ou seja, o tempo entre a recepção de um pedido e a entrega correta dos produtos ao cliente final. O aumento progressivo das necessidades (e exigências) dos consumidores e da competição resultou em diversas consequências para a atividade de armazenagem. Tais consequências podem ser traduzidas em tendências gerais que são observadas em diversos setores:
- Proliferação do número de SKU’s (Stock Keeping Unit ou Unidade de Manutenção de Estoque): as maiores exigências dos clientes aumentaram os números de produtos que as empresas trabalham atualmente, aumentando área de armazenagem, entre outros;
- Aumento do número de pedidos: os clientes passaram a trabalhar cada vez mais em filosofias de ressuprimento contínuo (Just in time), com o objetivo de diminuir seus níveis de estoque (e consequentemente de capital necessário para tal). As menores quantidades de lote implicam em um aumento no número de pedidos ao longo do tempo;
- Concentração em Grandes Armazéns: o paradigma da presença local já deixou de existir há tempos. Os CD’s (Centros de Distribuição) substituíram com sucesso os diversos armazéns, concentrando estoques e obtendo reduções de custo com a consolidação de carga;
- Entrega para o dia seguinte: exigência cada vez maior pela diminuição do tempo de ressuprimento para os clientes;
- Imagem – com exigências cada vez maiores e sites para reclamação de clientes como “Reclame aqui” e outros, faz-se necessário melhorar cada vez mais o serviço para evitar problemas com a imagem da empresa.