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FCFE

Anteriormente discutimos o Fluxo de Caixa Livre para a Firma (FCFF). Na dica de hoje, vamos elaborar o assunto do Fluxo de Caixa Livre para os Acionistas (FCFE). O FCFF considera o fluxo de caixa para todos os credores da empresa (terceiros e acionistas), já o FCFE considera o fluxo de caixa que sobrou para os acionistas, depois dos pagamentos da(s) dívida(s) de terceiros (Bancos) e novas captações de empréstimos. Outra maneira em pensar no FCFE é no valor que a empresa pode considerar para distribuição de dividendos.

Há duas maneiras para calcular o FCFE. Uma delas é começar com a linha final do DRE (Lucro Líquido) e fazer as adaptações. A outra é começar com o NOPAT e fazer os ajustes necessários até obter o FCFE.

Vamos começar com o NOPAT e fazer alguns ajustes. Vamos relembrar a fórmula do FCFF:

FCFF = NOPAT + D – C (+/-) Δ CAG

O FCFE é obtido dessa forma:

FCFE = FCFF – P + N

Portanto,

FCFE = NOPAT + D – C (+/-) Δ CAG  – P + N, onde:

D = Depreciação

C = Investimentos (CAPEX)

Δ CAG = Variação de Capital de Giro

P = Pagamentos de dívidas bancárias

N = Novas captações de empréstimos

  • Depreciação – É necessário somar a depreciação de volta ao NOPAT, pois a depreciação é uma despesa sem desembolso de caixa.
  • Investimentos – Envolvem saídas de caixa que não aparecem no DRE. Portanto, não fazem parte do NOPAT e precisam ser tratados separadamente.
  • Variação de Capital de Giro – As variações nas contas patrimoniais que afetam o Capital de Giro e por consequência o fluxo de caixa, precisam ser somadas ou subtraídas ao FCFF conforme o caso.
  • Pagamentos de dívidas bancárias – Devido ao fato que só vai sobrar para acionistas o que restou após o pagamento da(s) dívida(s), é necessário abater esse valor do NOPAT para obter o FCFE.
  • Novas captações de empréstimos – Da mesma maneira, as novas captações precisam ser somadas ao FCFE.

A empresa XYZ

Para facilitar, vamos ao exemplo da nossa empresa XYZ:

FCFE XYZ

A empresa obteve um FCFE positivo de 790,00. Com isso, ela poderá considerar distribuição de dividendos, recompra das ações dela no mercado (no caso de uma empresa de capital aberto) etc. Os 34% representam os impostos médios, que totalizam 510,00.

Nos modelos de Valuation, o FCFE futuro mede o que os acionistas vão receber durante o período considerado (normalmente durante 5 anos). O valor do EQUITY (e não da empresa como um todo) é obtido calculando-se o Valor Presente Líquido do FCFE descontado pelo custo do capital próprio. Um erro recorrente na avaliação de empresas é descontar o FCFE pelo WACC. O WACC é uma média ponderada do custo de capital próprio e de terceiros, e o FCFE já é liquido dos pagamentos sobre a dívida dos bancos. Portanto, descontar o FCFE pelo WACC seria um erro que pode levar a um resultado bem diferente do que o valor presente do EQUITY.

A Priority Partners é especialista em Valuation e desenvolvimento de modelos para controlar o fluxo de caixa de sua empresa. Conte com a gente!

Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

www.p1p.com.br

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Ambiente Corporativo, Consultoria, Controle, Financeiro, Geral, Gestão, Planejamento, Qualidade
FCFF

Hoje vamos falar sobre mais um indicador de desempenho muito utilizado na avaliação de empresas, o Fluxo de Caixa Livre para a Firma (FCFF). Como o próprio nome sugere, trata-se de um indicador que mede o dinheiro disponível para todos os credores da empresa (Acionistas e Terceiros).

Para obter o FCFF, vamos começar com o NOPAT, que significa o lucro operacional da empresa. Agora, vamos fazer três ajustes ao NOPAT da seguinte maneira:

FCFF = NOPAT + Depreciação – Investimento(CAPEX) (+/-) Variação de Capital de Giro

  • Depreciação – É necessário somar a depreciação de volta ao NOPAT pois ela é uma despesa que não apresenta desembolso de caixa.
  • Investimento (CAPEX) – Envolvem saídas de caixa que não aparecem no DRE, portanto, não fazem parte do NOPAT e precisam ser tratados separadamente.
  • Variação de Capital de Giro – As variações nas contas patrimoniais que afetam o Capital de Giro e por consequência o fluxo de caixa, precisam ser somadas ou subtraídas ao FCFF conforme o caso.

Para facilitar, vamos ao exemplo da nossa empresa XYZ:

FCFF XYZ

A empresa XYZ obteve um Fluxo de Caixa livre para a Firma (FCFF) positivo de 810,00. Com isso, ela poderá quitar as suas dívidas tanto com os terceiros quanto com os acionistas (que esperam retorno sobre o capital investido). Os 34% representam os impostos médios, que totalizaram 510,00.

Utilização do FCFF

O FCFF é bastante utilizado para calcular o valor das empresas. Ele é obtido calculando-se o Valor Presente Líquido do FCFF descontado pelo Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Devido ao fato do FCFF ser obtido antes do pagamento da dívida bancária, ele também é considerado como Fluxo Desalavancado. Vale ressaltar que esse fluxo não leva em consideração qualquer benefício de imposto devido aos pagamentos dos juros sobre a dívida. O motivo é simples: no cálculo do WACC, já consideramos esse benefício na hora de calcular o custo de capital de terceiros e incluí-lo nesse fluxo seria errado em função de duplicidade.

A Priority Partners é especialista em Valuation e desenvolvimento de modelos para controlar o fluxo de caixa de sua empresa. Conte com a gente!

Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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payback

Olá, queridos leitores! Na avaliação de projetos, além de saber o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR), o investidor está interessado em saber quanto tempo ele vai receber o dinheiro investido de volta. O indicador que trata desse assunto é o Payback. O Payback significa em português “Pagar de volta” e ele mede o tempo desde o investimento inicial até o momento em que esse investimento é devolvido por inteiro para o investidor. Quando se trata de um fluxo fixo, a fórmula do Payback é:

Payback = Valor do investimento / Fluxo anual recebido

Por exemplo, um investidor que investe R$ 1.000 e vai receber todo ano R$ 200 em retorno vai ter um Payback de 1000 / 200 = 5 anos.

Alguns pontos importantes para lembrar quando calculamos o Payback:

  • O Payback não considera o valor do dinheiro no tempo, ou seja, diferentemente do VPL, as parcelas futuras são simplesmente somadas. Isso causa que o período calculado seria menor do que se considerássemos o valor do dinheiro no tempo.
  • O Payback não considera o fluxo de caixa depois que o Payback foi atendido (o fluxo virou positivo). A fórmula considera o primeiro momento em que o fluxo virou positivo e desconsidera tudo que acontece depois desse momento.
  • O Payback não considera o risco do investimento.

Cada investidor sabe em quanto tempo ele quer receber o dinheiro investido de volta. O período de Payback depende muito de cada tipo investimento porém, na prática é comum considerar ruins investimentos com Payback maior que 5 anos (mas isso não é uma regra). Mantendo-se todos os outros fatores iguais (TIR, VPL, etc.), o investimento com o menor Payback é o melhor.  O Payback é bastante utilizado pois ele é simples de calcular e bem objetivo. Porém, levando-se em conta estes fatores acima mencionados não é recomendado tomar decisões baseadas somente no Payback.

Existe uma variação do Payback que se chama Payback modificado, esse indicador considera sim o valor do dinheiro no tempo e falaremos mais sobre isso em dicas futuras.

Fica a dica e bons negócios!

Equipe Priority Partners

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