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NOPATO NOPAT (Net Operating Profit After Taxes), também conhecido como NOPLAT (Net Operating Profit Less Adjusted Taxes) é um importante indicador na avaliação de empresas. Na teoria, este indicador mede o valor que poderia ser distribuído aos acionistas se a empresa não possuísse nenhuma dívida.  A origem desse indicador é o EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) que é o “primo” do EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), discutido anteriormente em um de nossos posts. Para ler novamente, clique aqui. Para calcular o NOPAT, é necessário descontar os tributos sobre a renda (IR e CSLL), da seguinte maneira:

NOPAT = EBIT x ( 1 – t )

Onde:

  • EBIT = LAJIR = Lucro Antes dos Juros e Impostos de Renda
  • t = Alíquota de IR e CSLL

Vamos analisar o DRE da empresa XYZ que está na figura abaixo:

Nopat DRE

Neste caso, o DRE é bem simplificado e o Lucro Operacional é igual ao EBIT. Para calcular o NOPAT, vamos multiplicar o valor de R$ 2.700,00 por um menos a alíquota de IR e CSLL (nesse exemplo 34%). Então, NOPAT = R$ 2.700,00 * (1-34%) = R$ 1.782,00.

Algumas Considerações

Note que esse valor não leva em consideração qualquer pagamento de juros sobre a dívida (que pode ser notada no DRE na linha de pagamento de Juros), ou seja, ele desconsidera qualquer alavancagem financeira e facilita a comparação entre empresas com estruturas diferentes de capital. O Lucro Líquido já leva em consideração qualquer despesa dedutível e é afetado pelo tamanho da dívida. O NOPAT examina qual é o resultado operacional da empresa menos os impostos teóricos sobre ele (como se não houvesse nenhuma dívida, portanto, a linha de Juros estaria zerada).

Sem considerar as diferenças entre Regime de Caixa e Regime de Competência, esse indicador é uma boa aproximação da capacidade da empresa para gerar caixa e ele serve como base para calcular o FCFF (Free Cash Flow to Firm ou Fluxo de Caixa Livre para a Firma) e EVA (Valor Econômico Adicionado). Abordaremos mais sobre estes assuntos em dicas futuras.

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Análises Horizontal e Vertical

Até agora falamos muito sobre conceitos de montagem de relatórios gerenciais. O intuito dessa dica é começar a tratar das análises dos resultados. Hoje vamos explicar a Análise Vertical e Horizontal de demonstrativos financeiros. Tanto a Análise Vertical quanto a Horizontal tratam-se de estudos de tendências. Vamos ver as diferenças:

Análise Vertical (A.V.)

A Análise Vertical mostra a importância relativa de cada item do relatório como percentual de um outro item que serve como a base da análise. Por exemplo, na análise do Balanço Patrimonial, o item estoque pode ser apresentado como percentual de total dos ativos. Se o valor do estoque é R$ 1.000 e o total dos ativos da empresa é R$ 10.000, a análise vertical vai mostrar que o estoque é 10% do total dos ativos. Nesse exemplo, o estoque é o item calculado e o total dos ativos é a base do cálculo.

Percentual da Base = Valor do item / Valor da Base do Cálculo x 100 =

= 1.000 / 10.000 x 100 = 10%

Esse percentual pode ser comparado com o percentual de um período anterior ou com padrões de outras empresas do mesmo ramo de atuação. Assim podemos identificar tendências e mitigar problemas que possam passar despercebidos sem esse tipo de análise.

Na Análise Vertical do DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) é comum escolher como base o total da receita. Mas devemos considerar a Receita Bruta como a base do cálculo ou a Receita Líquida (sem tributos e demais custos diretos)? Se utilizarmos a Receita Bruta como base, os encargos diretos sobre a receita (PIS/COFINS/ICMS etc.) podem criar distorções quando existem produtos com tratamento diferente de encargos diretos sobre a venda. Quando utilizamos a Receita Líquida não teremos essas distorções, porém, deixamos de perceber o impacto dos encargos incidentes sobre a Receita Total. Cabe a cada gestor escolher a base mais adequada para a análise gerencial de sua empresa.

Na tabela abaixo apresentamos uma análise vertical de um DRE tanto como percentual da Receita Bruta tanto como percentual da Receita Líquida. Podemos observar que o CMV representa 30% da Receita Bruta e 39% da Receita Líquida. Nesse exemplo, o Lucro Líquido representa 10% da Receita Bruta.

Análise Vertical

Análise Horizontal (A.H.)

A Análise Horizontal compara o valor de cada conta (ou grupo de contas) com um valor da mesma conta ou grupo de contas do período anterior (que serve como base). Essa análise mostra a evolução no tempo de cada conta numa forma separada das demais. Diferentemente da Análise Vertical, para executar a Análise Horizontal precisamos de pelo menos 2 períodos.

Na tabela abaixo, apresentamos uma Análise Horizontal de 3 períodos. Podemos observar que a receita aumentou em 12% de 2013 a 2015 enquanto o Lucro Líquido aumentou em 9% nesse período. Lembramos que essa análise não considera o efeito da inflação e se o gestor necessitar saber o efeito líquido do aumento (o efeito real), essa análise deverá ser corrigida pela inflação.

Análise Horizontal

A Priority Partners é especialista na elaboração e análise de relatórios gerenciais.

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Equipe Priority Partners.

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