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TIR

Na semana retrasada, explicamos o conceito do indicador TIR (Taxa Interna de Retorno) de um fluxo de recebíveis e explicamos como ele pode ser utilizado na avaliação de projetos e empresas. Nessa semana, vamos abordar alguns assuntos importantes para a utilização dessa taxa, que se não forem levados em consideração, podem levar a conclusões equivocadas.

Seguem abaixo as 3 situações:

  1. Projetos mutualmente excludentes:

Suponha que você esteja analisando dois projetos com fluxos de caixa não relacionados e precise escolher executar somente um. Os fluxos são:

  • Projeto 1: {-1000 ; 300 ; 300 ; 300 ; 300 ; 300} – Um investimento inicial de 1000 seguido de 5 entradas positivas de 300.
  • Projeto 2: {-950 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200} – Um investimento inicial de 950 seguido de 7 entradas positivas de 200.

O TIR do Projeto 1 é 15,24% e o TIR do segundo é 10,75%. Portanto, se você optou pelo Projeto 1, considerando o critério decisório pelo projeto que possui o maior TIR, você acertou, porém, não tomou a decisão correta. Vamos explicar o porquê:

Segue abaixo o gráfico do VPL dos dois projetos. É possível observar que o VPL (Valor Presente Líquido) do Projeto 1 é superior ao do Projeto 2, não importando a taxa de desconto utilizada. Para este caso específico, a taxa de desconto não influenciou na tomada de decisão pois a curva do gráfico do VPL do Projeto 1 está sempre ACIMA da curva do Projeto 2.

Figura I - TIR

Agora vamos considerar o Projeto 2, um pouco diferente do anterior:

  • Projeto 2: {-400 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100} – Um investimento inicial de 400 seguido de 8 entradas positivas de 100.

O Projeto 1 não mudou, então o TIR dele é 15,24% o TIR do novo Projeto 2 é 18,62%, ou seja, maior do que o Projeto 1. O que você faria? Escolherá o Projeto 2? Se a resposta para essa pergunta for SIM, você pode estar equivocado! Observando a figura 2, podemos ver que o VPL do Projeto 2 só é superior ao do Projeto 1 para taxas maiores de 10,5%. Ou seja, se a taxa de desconto do Projeto é maior que 10,5%, você tomou a decisão correta escolhendo Projeto 2. Porém, se a sua taxa de desconto é menor que 10,5%, o VPL do Projeto 1 é maior e portanto será mais vantajoso escolhê-lo.

TIR - Figura II

Esta discussão mostra que ao avaliamos dois projetos mutuamente excludentes, não basta examinar o TIR. Faz-se necessário também verificar qual é o VPL usando a taxa de desconto que escolhemos para descontar o fluxo de recebíveis (para saber como calcular o VPL, veja a dica referente a este assunto clicando aqui).

2 . Fluxos com inversão de sinal:

Agora, vamos imaginar o seguinte fluxo para o nosso projeto:

{-1000 ; 2100 ; -1100}

Nesse caso, precisamos fazer um investimento inicial de 1000, depois teremos uma entrada de caixa de 2100 e na entrega do projeto teremos de desembolsar mais 1100. Novamente colocamos o VPL desse fluxo num gráfico. Observando o mesmo, fica claro que esse fluxo tem mais que um TIR, pois o VPL zera em 0% e em 10%. Em outras palavras, existem 2 taxas que levam o VPL desse fluxo a 0.

TIR com inversão de sinal

Nesse caso, a utilização do TIR também pode levar a uma decisão errada e devemos optar por outros indicadores além do TIR para avaliar o nosso projeto (VPL, Payback, Payback modificado, etc). Abordaremos estes assuntos em dicas futuras.

3. TIR modificado:

Para finalizar, vamos mencionar o TIRM (TIR modificado). O cálculo do TIR usa como premissa que todas as entradas são investidas ao próprio TIR do projeto. Mas se não é o caso, ou seja, se não podemos investir na mesma taxa e sim numa taxa diferente, precisaremos utilizar a função no Excel que se chama TIRM (MIRR em inglês), que permite a utilização de duas taxas: uma para descontar o fluxo e a outra para reinvestimento das entradas.

Pronto! Agora você, nosso leitor, já sabe quando podemos utilizar o TIR e quais são as principais limitações desse indicador importante.

Todos os cálculos e os gráficos desta dica estão disponíveis. Para solicitar, basta clicar aqui.

Fica a dica e bons negócios!

Equipe Priority Partners

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SIMPLESVocê, empresário, já deve ter se perguntado algumas vezes sobre qual o regime de tributação mais adequado para sua empresa. Hoje, vamos falar do regime SIMPLES NACIONAL ou SUPER SIMPLES. Esse regime foi criado para facilitar as regras gerais de tratamento tributário e também para reduzir a carga tributária das empresas de pequeno porte ou microempresas Antes de elucidar mais sobre o SIMPLES, vale ressaltar que as Empresas de Pequeno Porte (EPP) são aquelas que declaram, em cada ano-calendário, receita bruta maior que R$ 360.000,00 (Trezentos e Sessenta Mil Reais) e menor ou igual a R$ 3.600.000,00 (Três Milhões e Seiscentos Mil Reais). No caso das microempresas, o valor declarado da receita bruta em cada ano-calendário deverá ser menor ou igual a R$ 360.000.00 (Trezentos e Sessenta Mil reais). Há alguns casos em que as empresas não podem estar escritas neste regime:
  • Quando forem constituídas como cooperativas (exceto as de consumo);
  • Aquelas cujo capital participe outra empresa (PJ);
  • Aquelas cujo sócio ou titular seja administrador de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite da receita descrito acima para cada tipo de empresa. Há 2 situações a serem levadas em conta:
1 – Sócio PF que participa do capital social de outra empresa que também é optante pelo SIMPLES NACIONAL: Para efeito de adesão e permanência no SIMPLES, soma-se o faturamento anual das 2 empresas, o qual não poderá ultrapassar o limite estabelecido por Lei, sob pena de serem excluídas do SIMPLES. 2 – Sócio PF que participa do capital social de outra empresa que não é optante pelo SIMPLES (Lucro Presumido ou Lucro Real): Para efeito de adesão e permanência no SIMPLES, soma-se o faturamento anual das empresas quando a participação no capital social da empresa não SIMPLES for superior a 10%. O total não poderá ultrapassar o limite estabelecido por Lei, sob pena de ser excluída do SIMPLES. Vale ressaltar que além dos itens acima, há outros impedimentos, sejam eles devido à atividades específicas, ou ainda se a empresa possui dívidas com INSS, entre outros. O recolhimento dos impostos é mensal, mediante documento único de arrecadação (DAS), que unifica a arrecadação de 8 tributos. Seis deles da União – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e a parte patronal para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Além disso, o SIMPLES pode ter incorporado a si o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual, e o Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelos municípios. Existem 6 anexos (tabelas), disponíveis no site da Receita Federal que indicam as alíquotas (progressivas) para cada faixa de faturamento (apurado nos últimos 12 meses). O SIMPLES NACIONAL é calculado gradativamente e de acordo com o faturamento acumulado nos últimos 12 meses anteriores ao mês vigente. Assim, o valor da alíquota pode mudar de um mês para outro no caso da passagem de uma faixa de faturamento para outra. Numa empresa nova, a regra do cálculo é uma média dos meses anteriores x 12 meses. Por exemplo, se no primeiro mês o faturamento alcançou R$ 20.000,00, a faixa será R$20.000,00*12. Nos outros meses, será feita uma média dos meses anteriores ao período da apuração multiplicado por 12. Para facilitar o entendimento, mostramos abaixo como calcular o SIMPLES NACIONAL (exemplo para uma empresa com receitas de locação de bens móveis e de prestação de Serviços. As alíquotas por faixa de faturamento podem ser vistas no site da Receita Federal. No caso desta, é o Anexo III): Se o faturamento for no mesmo mês de abertura da empresa:
  • Período de Apuração = 1º mês
  • Receita Bruta do mês = R$ 20.000,00
  • Receita Bruta equivalente a 12 meses = R$ 20.000,00 x 12 = R$ 240.000,00
  • A Alíquota do imposto é 8,21%, de acordo com a tabela do SIMPLES NACIONAL
  • Sendo assim, o valor do imposto neste caso será de R$ 1.642,00.
Se o empresário planejar bem o início do projeto, a data da emissão de nota fiscal e o recebimento a partir do mês subsequente ao de abertura, a alíquota inicial do imposto pode ser de 6%, ou seja, menor que os 8,21% acima, pois o sistema trabalha com a média dos últimos 12 meses. Como a empresa abriu e não teve faturamento, a média do único mês anterior será zero, ela estará na primeira faixa de tributação e, portanto, irá economizar esses 2,21%. Para uma empresa que está iniciando seus negócios, um desconto, por menor que seja, sempre será bem-vindo. Veja abaixo: Se o Faturamento for no mês seguinte ao de abertura da empresa:
  • Período de Apuração = 2º mês
  • Receita Bruta acumulada = R$ 0,00
  • Receita Bruta do mês = R$ 20.000,00
  • Receita Bruta equivalente a 12 meses = R$ 240.000,00
  • Alíquota do imposto é 6,00%, de acordo com a tabela do SIMPLES NACIONAL
  • O valor do imposto neste caso será de R$ 1.200,00, R$ 242,00 a menos que no exemplo anterior.
No terceiro mês de atividade, faremos o mesmo exercício somando a receita dos dois últimos meses (0+R$20.000,00)/2 *12= R$120.000,00. Este valor será a base para obter a alíquota do SIMPLES e por aí vai. Em janeiro de 2015, foi criado um novo Anexo (VI), onde novas empresas de diversos ramos como auditoria, consultoria, gestão, engenharia, entre outras, já podem solicitar adesão ao SIMPLES, desde que sigam às regras determinadas para tal. Um fato interessante é que muitos empresários acabam optando pelo SIMPLES mesmo quando a carga de impostos é um pouco mais alta que no regime do Lucro Presumido por sua facilidade (unificação – DAS). Nesse cenário, o contador precisa entregar menos obrigações acessórias e não precisa ficar preocupado em enviar todo mês vários arquivos/declarações que, caso não sejam entregues, podem gerar multas. Isso também barateia para o empresário o custo com o contador. Além disso, a folha de pagamento torna-se mais barata pois o INSS da empresa já está englobado na taxa. Se você possui dúvidas sobre qual regime de tributação deve trabalhar, a Priority Partners pode ajudá-lo a decidir. Fica a dica e bons negócios!!!
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TIROlá, querido leitor! O objetivo desta dica é discutir e entender um indicador importante no processo de avaliação de empresas e projetos. A Taxa Interna de Retorno (TIR) também conhecida como Internal Rate of Return (IRR) mede a rentabilidade do fluxo de caixa. Quem lembra da dica sobre o VPL (e quem não se lembra, favor consultar essa dica!), já entende que o valor de uma empresa ou de um projeto pode ser calculado através do fluxo de caixa descontado. Em outras palavras, trazendo todos os fluxos futuros para o valor atual, descontados a uma taxa de juros que corresponde ao custo de oportunidade do investidor/comprador. A TIR é a taxa que leva o VPL ao valor de 0. Lembrando a fórmula do VPL: VPL = PMT0 + PMT1/(1+i)^1 + PMT2/(1+i)^2 + PMT3/(1+i)^3…+ PMTn/(1+i)^n Onde:
  •  PMTn– Fluxo de caixa no período n.
  •  i – Taxa do desconto ou custo de capital
  •  n – Prazo (em meses anos etc.)
A TIR é a taxa (i) que vai zerar o VPL. Devido ao fato que não há uma fórmula direta para calcular essa taxa, vamos dar um exemplo simples e depois vamos entender como podemos obter essa taxa através de uma planilha de EXCEL. Vamos considerar um projeto de investimento inicial de R$ 1.000,00 e retorno de R$ 1.100 depois de um ano. O VPL desse projeto seria: VPL = -1.000,00 + 1.100,00 / (1+i) ^ 1 Para descobrir a TIR precisamos achar a taxa que leva o VPL pra 0. Vamos tentar 6%: VPL = -1.000,00 + 1.100,00 / (1+0,06) ^ 1 = 37,73 O VPL está positivo a 6%. Vamos testar com uma taxa maior, como 14%: VPL = -1.000,00 + 1.100,00 / (1+0,14) ^ 1 = -35,08 Já nessa taxa o VPL está negativo. Vamos reduzir um pouco a taxa para 10%: VPL = -1.000,00 + 1.100,00 / (1+0,1) ^ 1 = 0 Achamos então pelo processo de tentativa e erro que a TIR desse fluxo é igual a 10% a.a. A implicação dessa taxa é a seguinte: Se a minha taxa de oportunidade (i) é maior que 10% a.a, devo rejeitar o projeto. Caso seja menor, devo aceitar. Para facilitar o entendimento segue um gráfico de um fluxo de caixa de: {-120; 50; 50; 50} Esse fluxo representa um investimento inicial de R$ 120 e recebimento de R$ 50 durante os 3 próximos anos. Taxa interna de retorno Observando este gráfico, fica fácil descobrir que o VPL está zerando em 12% ou seja a TIR desse fluxo é 12% (12,04%, pra ser exato!). Fica claro também que quanto maior a taxa de desconto, menor o VPL e vice-versa.   O EXCEL facilita muito o cálculo da TIR utilizando a função TIR ou IRR. Para achar o TIR, basta marcar o fluxo como um todo e escolher uma taxa estimada (um chute). O EXCEL vai fazer o resto. A fórmula seria: = TIR (A1:D1;10%) = 12,04% Estamos disponibilizando uma Planilha com os cálculos do TIR desse fluxo. Os interessados podem entrar em nosso site e enviar um e-mail através da aba Contato ou contato@p1p.com.br O conceito do TIR é bastante utilizado nas avaliações de projetos e empresas pois seu cálculo é simples e fornece um indicador muito claro sobre a taxa esperada de retorno daquele fluxo. Porém, temos que tomar cuidado quando usamos essa taxa para comparar dois projetos mutuamente excludentes OU quando o nosso fluxo de caixa tem mais que uma inversão de sinal. Vamos nos aprofundar mais sobre esses assuntos em outros posts. Fica a dica e bons negócios!
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Gráfico margem bruta e ponto de equilíbrioOlá, queridos leitores! Hoje falaremos dos conceitos de Margem Bruta e Ponto de Equilíbrio. A Margem Bruta nada mais é do que calcular o percentual de cada venda que sobrou da receita bruta após a dedução de impostos diretos e custos variáveis. A primeira linha do DRE apura a RECEITA BRUTA com as vendas. E como sabemos, cada venda efetuada gera tributação. PIS e COFINS são impostos federais que incidem sobre o faturamento da maioria dos produtos e serviços. No caso de venda de produtos incide também o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto estadual com alíquotas diferentes em cada estado. E por fim, no caso de venda de serviços, incide o ISS (Imposto Sobre Serviço), que é um imposto municipal. Deduzindo os impostos sobre as vendas, vamos obter a RECEITA LÍQUIDA. Para calcular a margem bruta, precisamos deduzir todas as despesas que estão diretamente atreladas às vendas e que normalmente variam com as mesmas. No caso de venda de mercadorias ou produtos, a despesa mais importante é o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ou Custo dos Produtos Vendidos (CPV). Esse custo é composto pelo custo da mercadoria/matéria prima. Outras despesas que precisamos considerar nessa categoria são as comissões sobre vendas (caso haja), frete, embalagem, etc. Após deduzirmos todos os custos variáveis, vamos obter a MARGEM BRUTA. Veja esse exemplo abaixo para facilitar seu entendimento: Tabela Margem Bruta Vamos supor que a sua empresa vende uma mercadoria por um preço de R$ 1.000,00. Os impostos diretos são PIS – 1,65%; COFINS – 7,60% e ICMS – 19%. Somando-se essas alíquotas, obtemos um total de 28,25%. Se o CMV da mercadoria é 40% do faturamento bruto (R$ 400,00) e os vendedores ganham 1,50% de comissão sobre a venda, qual é a margem bruta? Fazendo os cálculos, chegamos à conclusão que cada venda desse produto gera para empresa uma Margem Bruta de 30,25%. Com essa margem, a empresa precisará ainda arcar com os custos fixos tais como: aluguel, pessoal, consumo (luz, água etc.), manutenção, etc, além dos impostos sobre o lucro (IRPJ e CSLL). Já o Ponto de Equilíbrio é o valor (ou quantidade) que uma empresa precisa vender para pagar pelo menos o seu custo fixo (ou seja, com lucro líquido = 0). Pra melhor entender conceito do Ponto de Equilíbrio, imagine o custo fixo como sendo um copo vazio. A Margem Bruta de cada venda é uma gota que vai enchendo o copo gradativamente. Quando o copo está 100% cheio, chegamos ao nosso Ponto de Equilíbrio, ou seja, toda a água que derrama é o nosso lucro líquido. Para calcular o Ponto de Equilíbrio, basta dividir os custos fixos pelo % da margem bruta. Se os custos fixos da nossa empresa são R$ 250,00, o Ponto de Equilíbrio no exemplo a cima será de: Ponto de Equilíbrio = 250/30,25% = R$826,45 Ou seja, a empresa vendendo R$826,45 vai gerar uma Margem Bruta de R$ 250,00 que será suficiente para pagar seu custo fixo. Caso não acredite, faça a conta! Fica a dica e bons negócios!
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Carrinho PickingOlá, querido leitor! Nesta semana, conforme prometemos, retornamos a este assunto para avançarmos um pouco mais nos conceitos de Picking, que, como já vimos é uma atividade crucial para muitas empresas, principalmente as do varejo do comércio eletrônico.       O gráfico abaixo (fonte: Tompkins Associates) mostra o consumo relativo de tempo de um operador realizando o Picking na área de estocagem. Ele indica que um operador consume 50% do seu tempo apenas com os deslocamentos nesta área: Consumo de Tempo do Operador Existem algumas alternativas intermediárias para diminuir este tempo gasto com o deslocamento. Entre estas, destacam-se:
  • Algoritmos para definição das rotas de coleta, que minimizam a distância média percorrida na separação do pedido;
  • Métodos alternativos de organização do trabalho, com objetivo, por exemplo, de coletar mais pedidos por cada deslocamento;
  • Lógicas de endereçamento que posicionem os produtos na área de estocagem usando critérios que minimizem a distância média de movimentação, considerando o número de expedições de cada item, o seu volume em estoque e a complementaridade entre os itens (ou seja, guardar próximos os produtos que normalmente são expedidos juntos).
Além disso, a identificação nos endereços de coleta e a disposição clara e objetiva das informações (documentações, instruções e etiquetas) também são pontos importantes para se agilizar as tarefas do operador. Mesmo considerando a utilização de todas as medidas apresentadas, a complexidade do Picking torna necessária a separação de uma área do armazém dedicada a esta atividade. Entre os direcionadores utilizados para definir o grau de complexidade, destacam-se: o tamanho das unidades de separação, o número de pedidos expedidos por dia, a variedade de itens e o intervalo de tempo disponível para a separação de um pedido. Com base nas perguntas abaixo, podemos identificar as melhores estratégias e tipos de Picking a adotar:
  • Quantos operadores devem ser designados para completar apenas um pedido?
  • Cada pedido é trabalhado por apenas um operador, ou teremos vários operadores trabalhando em um mesmo pedido?
  • O operador deve coletar um produto de cada vez da lista de pedidos, ou pegar vários produtos em uma só coleta?
  • Quantas janelas para a organização dos pedidos devem ser feitas em um turno?
  • É necessário conciliar o Picking com outras atividades como o recebimento de produtos e a expedição?
E temos os seguintes tipos de Picking:
  1. Picking Discreto: Nesse procedimento, cada operador é responsável por um pedido por vez e pega apenas um produto de cada vez. Existe apenas uma janela de scheduling (agendamento) por turno. Esse tipo de organização possui uma série de vantagens, principalmente por ser a mais simples, adequando-se perfeitamente quando toda a documentação está em papel. O risco de erros na atividade é reduzido, por existir apenas um documento para cada ordem de separação de produtos. No entanto, é o procedimento menos produtivo, pois como o operador deve completar toda a ordem de separação, o tempo de deslocamento é muito maior que nos outros procedimentos. Existe apenas um período para o agendamento da atividade dePicking.
  1. Picking por Zona: Nessa forma de organização, as áreas de armazenagem são divididas em zonas. Cada zona possui determinados produtos e cada operador da atividade de Picking está relacionado com uma dessas zonas. Quando uma ordem de pedido chega, cada operador pega todas as linhas de produtos referidas a esse pedido que fazem parte da sua zona de trabalho. Se o pedido estiver completo, ele pode ser despachado. Caso contrário, ele irá para a próxima zona de Picking e o próximo operador colocará os produtos necessários. Esse tipo de procedimento é mais utilizado quando temos diferenças de produtividade entre os trabalhadores ou diferenças de equipamentos/tecnologias utilizadas na área de Picking. Com isso, as zonas de Picking são determinadas de forma até obtermos um balanceamento da carga de trabalho entre as zonas. Como no PickingDiscreto, existe apenas um período para o agendamento da atividade de Picking.
  1. Picking por Lote: No procedimento anterior, diferentes produtos são coletados para completar um pedido por vez. No Picking por Lote, o procedimento ocorre de modo diferente: o operador espera o acúmulo de um certo número de pedidos. Em seguida, são observados os produtos comuns a vários pedidos. Quando o operador faz a coleta, ele pega a soma das quantidades de cada produto necessárias para atender a todos os pedidos. Em seguida, ele distribui as quantidades coletadas por cada pedido. Por trabalhar com vários pedidos por coleta, esse tipo de procedimento possui um ganho de produtividade em relação aos outros. No entanto, é indicado apenas quando os produtos são coletados na maioria em quantidades fracionadas (não em caixas), e quando os pedidos possuem poucos produtos diferentes (1 a 4) e pequenos volumes. O ganho de produtividade ocorre pela redução de tempo em trânsito dos operadores. Um ponto negativo desse procedimento é sua maior complexidade e sua necessidade de utilizar severas mensurações para minimizar os riscos de erros. Tais mensurações podem ser feitas utilizando as soluções tecnológicas atuais. Novamente, temos apenas um período para o scheduling da atividade de Picking.
  1. Picking por Onda: Esse método é similar ao Picking Discreto, ou seja, cada operador é responsável por um tipo de produto por vez. A diferença está no agendamento de um certo número de pedidos ao longo do turno. Geralmente esse tipo de procedimento é utilizado para coordenar as funções de separação de pedidos e despacho.
Além das estratégias apresentadas anteriormente, há as combinações entre as estratégias puras. A estratégia dePicking por zona-lote, por exemplo, é a estratégia de zona, onde cada operador é responsável por determinado número de produtos, e onde os pedidos são agrupados em lote, e assim por diante. De acordo com o tipo de operação, a melhor estratégia deverá ser definida, no intuito de otimizar a performance. A Priority Partners pode ajudá-lo a tomar essa decisão. Fica a dica e bons negócios!!
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Carrinho de compras PickingEsta semana falaremos de um assunto bastante específico ligado ao SCM (Suply Chain Management), tema já discutido em uma dica anterior. Como seu teor é muito abrangente, vamos partir em várias dicas, para em breve retornar com outras abordagens relacionadas. O Picking ou Order Picking nada mais é do que processo de retirar produtos dos estoques, para consolidar carga para um determinado cliente. Quando você vai ao supermercado com uma lista de compras, ao pegar um produto na gôndola, você está realizando um Picking. Intuitivamente, você sabe que se sua lista (Picking List) estiver de acordo com a disposição física dos produtos e se você percorrer o caminho de acordo com essa lista, seu tempo dentro do estabelecimento vai diminuir bastante. Você também sabe que deve deixar os itens de geladeira por último, em função da perecibilidade. E também sabe que os itens mais pesados devem ficar por baixo, para não danificar os itens mais leves e frágeis. É uma analogia perfeita com o que acontece nos grandes armazéns, porém, incluiremos alguns tópicos para abordar melhor o assunto. A atividade de Picking pode ser definida como “a atividade responsável pela coleta do mix correto de produtos na área de armazenagem, em suas quantidades corretas, para satisfazer às necessidades do consumidor”. Tal atividade dentro de um armazém é considerada como uma das mais críticas, pois há um alto custo de mão-de-obra associado. Aliado ao custo, essa atividade influencia de maneira substancial o tempo de ciclo do pedido, ou seja, o tempo entre a recepção de um pedido e a entrega correta dos produtos ao cliente final. O aumento progressivo das necessidades (e exigências) dos consumidores e da competição resultou em diversas consequências para a atividade de armazenagem. Tais consequências podem ser traduzidas em tendências gerais que são observadas em diversos setores:
  • Proliferação do número de SKU’s (Stock Keeping Unit ou Unidade de Manutenção de Estoque): as maiores exigências dos clientes aumentaram os números de produtos que as empresas trabalham atualmente, aumentando área de armazenagem, entre outros;
  •  Aumento do número de pedidos: os clientes passaram a trabalhar cada vez mais em filosofias de ressuprimento contínuo (Just in time), com o objetivo de diminuir seus níveis de estoque (e consequentemente de capital necessário para tal). As menores quantidades de lote implicam em um aumento no número de pedidos ao longo do tempo;
  • Concentração em Grandes Armazéns: o paradigma da presença local já deixou de existir há tempos. Os CD’s (Centros de Distribuição) substituíram com sucesso os diversos armazéns, concentrando estoques e obtendo reduções de custo com a consolidação de carga;
  • Entrega para o dia seguinte: exigência cada vez maior pela diminuição do tempo de ressuprimento para os clientes;
  • Imagem – com exigências cada vez maiores e sites para reclamação de clientes como “Reclame aqui” e outros, faz-se necessário melhorar cada vez mais o serviço para evitar problemas com a imagem da empresa.
Além dessas tendências, as empresas perceberam a importância da utilização do serviço como diferencial de valor agregado em seus produtos. A qualidade do produto é um pré-requisito e serviços como entrega em domicílio e vendas pela Internet aumentaram o nível de exigência e produtividade das atividades de armazenagem e transporte. Dessa forma, a atividade de Picking deve ser flexível para assegurar uma operação dentro das necessidades determinadas pelo cliente, utilizando sistemas de controle e monitoramento que suportem os níveis de serviço e qualidade requeridos. Com a alta complexidade desta tarefa, surgiram vários princípios para otimizar os sistemas de Picking. Independentemente do tamanho, volume, tipos de estoque, necessidades do consumidor e tipos de sistemas de controle da operação do armazém, existem certos princípios que se aplicam bem em qualquer atividade de Picking. São princípios que devem guiar o posicionamento dos produtos dentro da área de armazenagem e o fluxo de informações e documentos. 1. Priorizar produtos de maior giro – através de relatórios (como a curva ABC), podemos determinar quais produtos possuem maior giro (entrada e saída no estoque) e assim posicioná-los no armazém de forma otimizada, ou seja, nas posições de mais fácil acesso para os operadores e de mais fácil ressuprimento e expedição. Essa idéia deverá orientar fortemente a disposição física dos produtos no armazém. 2. Nas empresas que ainda usam papel no processo de Picking, é importante utilizar documentações claras e de fácil operacionalização – um documento de Picking deve fornecer instruções específicas para o operador de modo a facilitar a atividade de separação de produtos. Deve conter apenas as informações relevantes: localização do produto, descrição e quantidade requerida. Além disso, tais informações devem estar destacadas no documento, de modo a facilitar a leitura. Uma preocupação maior com a preparação dessa documentação diminui o tempo de leitura e de procura de produtos por parte do operador, diminuindo o tempo da atividade. 3. Organizar os pedidos de acordo com as configurações físicas – é necessário que cada pedido enviado para a área de Picking seja configurado de acordo com as restrições de localização dos produtos. Ou seja, na etapa de geração do documento de Picking, as listagens devem ser preparadas de forma a diminuir a movimentação do operador, além de observar a proximidade de produtos. 4.  Manter um sistema eficiente de localização de produtos – um sistema eficiente de separação de pedidos necessita de um sistema de localização de produtos muito acurado. Com a padronização de endereços para a localização de produtos, sinalização adequada do armazém e utilização de tecnologias que acelerem a identificação de uma posição, é possível reduzir o tempo de procura de um produto para frações de segundos, acelerando a atividade de separação de pedidos. 5. Os operadores devem ser avaliados pelos erros – para que sejam evitados erros na separação de pedidos (produtos incorretos ou quantidades incorretas de produtos), os operadores devem ser avaliados por sua performance (tanto velocidade para separação quanto exatidão nas quantidades e especificações). Qualquer desvio em torno de uma meta aceitável deve ser analisado, identificando-se as causas, sejam elas no sistema ou no operador. 6. Evitar contagem de produtos durante a coleta – A contagem de produtos aumenta substancialmente o tempo de separação de pedidos. Tal atividade pode ser evitada com soluções simples, como soluções de embalagens. Por exemplo, se um operador necessitar separar 1000 unidades de um determinado produto, e se tal produto estiver agrupado em embalagens de 100 unidades, certamente agilizaria seu trabalho. Além disso, ajudaria a eliminar erros na separação. Esta ação depende de uma análise profunda dos pedidos para verificação de tendências de quantidades. 7. Eliminação de documentos em papel – Qualquer documento em papel toma demasiado tempo na atividade dePicking. A informação escrita deve ser lida, interpretada e algumas vezes comparada com algum sistema de controle, o que tipicamente resulta em erros. Tecnologias foram desenvolvidas para reduzir e até eliminar o fluxo de papéis, incluindo leitores de código de barras, sistemas de reconhecimento de voz e terminais de rádio frequência. Pela breve exposição acima, podemos entender que a atividade de Picking é extremamente complexa e motivo pelo qual as empresas recebem grandes partes de suas reclamações (pedidos errados, sejam por quantidades ou mesmo referências de produtos, seja por atraso nas entregas e demais motivos relacionados a esta atividade). Muitas empresas já trabalham com sistemas de Picking 100% automatizados. Porém, nem todos conseguem alcançar esse nível avançado, pois requer altos investimentos em máquinas e sistemas de controle. Por isso, ainda há muitas operações manuais e torna-se fundamental um planejamento detalhado desta atividade, através de mapeamento de processos, implantação de sistemas de controle e treinamento constante das equipes. A Priority Partners traz essa experiência para sua empresa. Fica a dica e bons negócios!!
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VPL O assunto dessa semana trata um dos aspectos mais importantes na vida de qualquer gestor financeiro: o valor do dinheiro no tempo. É quase sabedoria popular que o dinheiro possui valor no tempo, e que um montante de R$ 1.000,00 de hoje não é o mesmo no mês que vem. A grande pergunta é:Como podemos quantificar na data de hoje o dinheiro que vamos receber num mês, num ano ou durante 10 anos?   O VPL é uma forma simples e conhecida para calcular esse valor. Para saber o valor presente (de hoje) de um pagamento ou de um fluxo de pagamentos vamos precisar saber 3 variáveis:
  •   PMT = Valor do pagamento (Payment)
  •   n = número de prestações
  •   i = taxa de desconto ou taxa de juros
Vamos exemplificar com um fluxo de pagamentos uniformes (5 fluxos positivos) nos períodos seguintes (anos 1 – 5) de R$1.000,00 cada. O desenho do fluxo seria: Setas VPL E queremos saber quanto ele vale hoje. Para responder essa pergunta precisamos trazê-lo para a data de hoje ou, em outras palavras, descontá-lo a uma taxa de juros. A fórmula mestre seria: VPL = PMT/(1+i)^1 + PMT/(1+i)^2 + PMT/(1+i)^3 + PMT/(1+i)^4 + PMT/(1+i)^5  Vamos supor que nossa taxa de desconto seja a Selic de hoje (12,75%a.a). No nosso exemplo, o VPL será: VPL = 1000/(1+12,75%)^1+1000/(1+12,75%)^2+1000/(1+12,75%)^3+1000/(1+12,75%)^4+1000/(1+12,75%)^5 = R$ 3.538,79 Ou seja, se alguém lhe oferecesse R$ 3.600,00 para substituir um fluxo de R$ 1.000,00 em 5 anos, a decisão certa seria aceitar a oferta, pois é maior do que o valor presente do fluxo. E você ainda teria um ganho de R$3.600,00-R$3.538,79= R$61,21. Qualquer oferta com valor menor do que o VPL encontrado deveria ser rejeitada. Notamos que a taxa de juros fica no denominador da fórmula, portanto, é fácil entender que quanto MAIOR a taxa de desconto, MENOR será o VPL. Intuitivamente, podemos explicar que quanto maior o custo de oportunidade (quanto mais poderemos ganhar em outros investimentos), menor seria o ganho com o fluxo em questão.  Por exemplo, se ao invés de ganhar 12,75% a.a na Selic você tem a oportunidade de ganhar 15% em outro investimento, o valor do VPL cai para R$ 3.352,16. Não acredita? Calcule você mesmo! VPL Grafico No gráfico acima apresentamos o efeito da taxa de desconto sobre o valor líquido do fluxo em questão. Fica a dica e bons negócios!
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WACCO assunto dessa dica é mais um indicador importante utilizado em vários tipos de análises e em particular na avaliação de empresas, o custo médio ponderado de capital (em inglês Weighted Average Cost of Capital ou WACC). Simplificando, o WACC pode ser definido como como um média ponderada entre o custo do capital de terceiros e custo do capital dos sócios da empresa (ou quanto eles esperam ter de retorno), ou seja, o custo médio da dívida geral da empresa. O lado do PASSIVO do Balanço patrimonial registra, entre outras coisas, as dívidas financeiras da empresa tanto para os terceiros (Empréstimos a Pagar) quanto para os sócios (Capital Próprio e Empréstimos de Sócios). Vamos representar a dívida com terceiros pela letra D e o capital próprio pela letra K. O custo do capital de terceiros (a taxa de juros cobrada pelos bancos) seria rd e o custo do capital próprio seria rK. O WACC de uma empresa que usa tanto capital próprio quanto capital de terceiros pode ser escrito como: WACC = D/(D+K) * rd  + K/(D+K) * rk Os pesos da ponderação na fórmula são: Dívida / (Dívida + Capital) e Capital / (Dívida + Capital). Dessa forma, uma empresa que somente seja financiada por capital próprio (D=0), o WACC seria = rK. Empresas que estão enquadradas no regime tributário de Lucro Real (veremos numa dica futura) podem deduzir as despesas com juros sobre a dívida com terceiros da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). O custo do capital de terceiros tem que ser reduzido pela alíquota do Imposto de Renda, ou seja: Custo de Capital de Terceiros depois da redução de Imposto de Renda = rd * (1-T), onde T significa a alíquota de imposto pago pela empresa. Portanto, se juntarmos essas duas equações, podemos obter a fórmula do WACC para empresas que podem deduzir as despesas com juros:      WACC =  D/(D+K) * rd * (1-T) + K/(D+K) * rk Essa é a formula geral do WACC. Para melhorar o entendimento, vamos a um exemplo numérico: uma empresa tem empréstimos bancários de R$ 20 Milhões de reais e o valor de suas ações é de R$ 40 Milhões. A empresa paga 15% a.a de juros sobre a dívida e a taxa de retorno do acionista (o que eles esperam receber pelo investimento) é 24% a.a. A alíquota de IR é 34% sobre o lucro. D = 20 M     rd = 15% K = 40 M      rK = 24% e T= 34% O WACC seria então: WACC = 20/(20+40) x 15% x (1-34%) + 40/(20+40) x 24% = 19,33% a.a O WACC é um indicador muito importante no processo de avaliação de empresas. Normalmente ele é utilizado para descontar (trazer a valor presente) o fluxo de caixa livre da empresa (FCFF – Free Cash Flow to Firm). Usar o WACC para descontar outros fluxos de caixa como fluxo de caixa dos acionistas (FCFE – Free Cash Flow to Equity) vai resultar em um grave erro. Falaremos sobre isso em dicas futuras. Estamos distribuindo uma planilha que explica o cálculo do WACC, os interessados podem solicitar em nosso site ou enviar um e-mail diretamente. A equipe Priority tem uma vasta experiência nos projetos de avaliação de empresas e na criação de modelos financeiros, trazemos essa experiência para os nossos clientes. Bons negócios e fica a dica!
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Balanço EBITDAEBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) ou em português LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é um dos indicadores financeiros mais famosos para avaliação de desempenho financeiro de uma empresa. É importante conhecer esse indicador para saber utilizá-lo corretamente e entender os pontos fortes e fracos dele. Utilizar sem entender o que ele mede ou representa pode levar a conclusões erradas num diagnóstico! O EBITDA ganhou muitas críticas pois muitas vezes é definido como medida de geração de caixa da empresa, mas NÃO É. O EBITDA é um bom indicador para avaliarmos a performance, mas não pode ser confundido com fluxo de caixa. O EBITDA nada mais é do que o lucro líquido somado com os juros financeiros, impostos sobre renda, depreciação do período e amortização. Esse indicador serve como base para comparação entre empresas pois elimina de certa forma os efeitos do financiamento e decisões contábeis. Ilustrando:   EBITDA = Lucro líquido + Imposto de renda + Juros Financeiros + Depreciação + Amortização Depreciação e Amortização são duas “despesas não caixa” ou seja, mesmo registradas como despesa, não ocorre nenhuma saída de dinheiro. A decisão de como depreciar um ativo pode ser diferente de uma empresa para outra. O EBITDA elimina essa diferença pois a depreciação e a amortização são somadas de volta. A maior vantagem do EBITDA é que ele é muito fácil de calcular e é um KPI (Key Performance Index ou Indicador-Chave de Desempenho) bastante utilizado por gestores. Porém, o EBITDA não pode servir como estimativa de geração de caixa da empresa, pois não considera variações no CAPITAL DE GIRO (veja nossa dica sobe este assunto) nem investimento em ativo imobilizado (CAPEX). Sem considerar estes dois itens, não podemos enxergar o fluxo de caixa verdadeiro da empresa e o EBITDA fornecerá um resultado incorreto! O EBITDA ainda é um dos indicadores mais utilizados no mercado, provavelmente pela simplicidade do cálculo, ele é um indicador importante na comparação entre o desempenho de duas empresas com estrutura diferente de capital. Porém não podemos esquecer as suas limitações. Portanto, na avaliação de empresas, o EBITDA tem que ser considerado como mais um indicador importante a ser analisado, mas não podemos abrir mão do cálculo de outros indicadores como o FCF (Free Cash Flow), ROIC (Return of Invested Capital), etc. Vamos explorar estes assuntos em outras dicas. Bons Negócios e fica a dica!
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Capital de GiroQuase todo mundo que pertence ao mundo dos negócios já ouviu falar de Capital de Giro. Esse nome (em inglês Working Capital) significa que ele que faz a empresa girar, ou seja, sustentar-se no dia a dia através da utilização destes recursos. Sem entrar muito nas questões de contabilidade, vamos discutir as contas importantes para a gestão do Capital de Giro e entender como controlá-lo melhor. O Balanço Patrimonial (Figura abaixo) da sua empresa tem no lado esquerdo os recursos, bens e direitos (ATIVO) e no lado direito as obrigações (PASSIVO). Os Ativos e os Passivos são categorizados em Circulante e Não Circulante. Os Ativos Circulantes representam tudo que é dinheiro e tudo que será transformado em dinheiro no curto prazo (até 12 meses). Alguns exemplos: caixa, bancos, contas a receber e estoque. Já os Passivos Circulantes são Fornecedores, Contas a Pagar (salários, Impostos a recolher etc.) e Empréstimos de curto prazo. Os Ativos e Passivos Não Circulantes são os direitos e obrigações que serão realizados no longo prazo (a partir do 13º mês do exercício). O Capital de Giro líquido é a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Quando esse indicador é positivo, significa que nos próximos 12 meses o dinheiro que se tornará disponível será maior do que o dinheiro que deverá ser desembolsado. Tabela Capital de Giro A necessidade de Capital de Giro de uma empresa depende de vários fatores, entre eles a política de crédito concedida aos clientes, a forma na qual ela paga seus fornecedores e o nível de estoque que ela precisa manter para atender à demanda dos clientes. Do ponto de vista financeiro, o problema de gerenciamento de fluxo de caixa de curto prazo é a falta de sincronização entre entradas e saídas de caixa. A maioria das empresas precisa efetuar compras antes de poder efetuar as vendas e por fim receber o pagamento dos clientes. Vamos dividir esse fluxo em 3: Prazo médio de permanência em estoque (PME), Prazo médio de recebimentos de venda (PMRV) e prazo médio de pagamento para fornecedores (PMP). Na prática, esses prazos são medidos em dias e são calculados através dos saldos das respectivas contas. O tempo entre a compra e o recebimento da venda chama-seCiclo Operacional e ele engloba o PME e PMRV. Já o Ciclo Financeiro é Ciclo Operacional menos o PMP. Ciclo Capital de Giro A defasagem entre o momento das entradas e das saídas de caixa obriga o empresário a planejar esse fluxo no curto prazo. Essa defasagem depende da duração do Ciclo Operacional e do prazo de pagamento aos fornecedores. Quanto maior o Ciclo Operacional, mais Capital de Giro será necessário para operar e quanto maior o prazo de pagamento aos fornecedores, menor será o Capital de Giro necessário. Essa defasagem pode ser sanada pela tomada de empréstimos, o famoso “empréstimo de Giro”, ou através da reserva de capital próprio. Ela pode ser diminuída na medida que alteramos os prazos acima mencionados. Vamos entender melhor quais são os itens principais que afetam a necessidade de Capital de Giro: Caixa e bancos – Essas contas registram o saldo do caixa (dinheiro) e o saldo bancário da empresa em determinado dia. Uma pergunta fundamental é: “Qual é o nível ideal de saldo a ser mantido no banco para poder pagar as contas e eventuais despesas inesperadas?” Contas a receber – Registra toda a venda a prazo da empresa. Quanto maior o prazo, maior será o saldo dessa conta. Para gerenciar bem esse, devemos determinar qual é o prazo ideal a ser concedido para os clientes. Estoque – A conta do estoque registra a posição financeira do estoque em determinado dia. Determinar o nível de estoque necessário para satisfazer às necessidades dos clientes é uma decisão que vai impactar diretamente na necessidade de Capital de Giro. Para obter estas respostas acima, faz-se necessário um estudo profundo da estrutura de custos, prazos e expectativa de crescimento da empresa e fazer os devidos cálculos. A Priority Partners traz essa experiência para a sua empresa. Boa semana, bons negócios e fica a dica!
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