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Orçamento

Um bom planejamento é a base de qualquer atividade e o instrumento mais conhecido para o planejamento financeiro é o Orçamento. A definição do verbo orçar no Dicionário Houaiss é: “Calcular ou estimar o preço, o valor de” e de Orçamento é: “Avaliação ou cálculo aproximado do custo de”.

Trazendo esta realidade para o mundo dos negócios, a definição de orçamento na nossa visão seria: “O processo de estimar receitas e despesas de um determinado projeto ou empresa para fins de planejamento e controle”. O Orçamento, por definição, lida com valores estimados ou aproximados, isso significa que o objetivo do mesmo não é prever o futuro, mas sim possibilitar o pensamento/planejamento sobre possíveis cenários futuros. Como vamos ver em breve, há vários jeitos para estimar os valores e vários tipos de orçamentos. Nessa dica, vamos discutir os mais conhecidos: Orçamento base histórico (OBH) e Orçamento base zero (OBZ).

OBH

OBH como o nome mesmo sugere é baseado no histórico de vendas, custos e despesas da empresa ao longo de um período passado determinado (normalmente de 12 meses). Para a elaboração de um OBH precisamos identificar eventos que vão ocorrer durante o próximo período: expansão (nova sede, novas lojas, etc.), manutenções diversas (obras, etc.), novos colaboradores, novos produtos, expansão/retratação do mercado, mudanças salariais, etc. Usando estas informações como premissas vamos tentar prever o desempenho da empresa no próximo período. As vantagens dessa técnica são: a rapidez da elaboração e o fato que não é necessário envolver todos gestores na elaboração do orçamento. É importante ressaltar que devem ser levados em consideração a sazonalidade e outros fatores que podem afetar a demanda para os produtos/serviços. As limitações do OBH são:

  1. Assume-se que todas as funções/variáveis atuais não sofrerão mudanças no futuro;
  2. Assume-se que o resultado passado pode servir como base para prever o futuro, mas nem sempre essa premissa é válida.

OBZ

Esse orçamento não considera nenhuma premissa baseada no desempenho passado da empresa, por isso chama-se base zero. O OBZ deve considerar as despesas baseadas em cada processo e atividade para atingir as metas estipuladas pela diretoria. Um ponto importante é que todas as despesas orçadas pelos gestores de cada área devem ser discutidas e pré-aprovadas. O OBZ leva muito mais tempo para ser elaborado pois , além de ser mais complexo, questiona todos os aspectos da atividade atual da empresa e sua estrutura. Por essa natureza ele é mais utilizado em reestruturação de empresas.

A escolha do método vai depender muito da situação atual da empresa e das limitações de recursos para elaborar o orçamento. Podemos também pensar em modelos híbridos onde somente algumas partes do Orçamento são feitas na base zero e os outras baseadas em seus valores históricos.

É de suma importância acompanhar e comparar o Orçamento com o resultado real da empresa pois assim podemos:

  1. Entender a situação atual à luz do que foi planejado;
  2. Criticar as premissas utilizadas para montar o Orçamento;
  3. Controlar os custos estipulados no orçamento e agir rapidamente em caso de descontrole.

Normalmente, o que não podemos medir, não conseguimos controlar! E sem controle e planejamento, o caminho para o fracasso é muito curto.

A Priority Partners é especialista em criação de modelos orçamentários e acompanhamento de resultados através de relatórios gerenciais.

Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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Olá, queridos leitores. A partir desta semana vamos começar a postar alguns artigos de nossos parceiros estratégicos. O autor do post de hoje é o Sr.Marcos Leite, sócio da empresa Artsoft Sistemas desde 1996, responsável pela área de Marketing e Vendas da empresa. Boa leitura!

Gestão Estratégica

O setor empresarial que concentra as pequenas e médias empresas têm evoluído bastante nos últimos anos, tornando-se crucial para a economia brasileira. Em 2011, as pequenas e médias empresas já representavam 27% do PIB nacional e geravam mais de 600 bilhões de reais em faturamento, detendo mais de 50% da mão de obra formal no país, ou seja, são as maiores geradoras de empregos, segundo dados do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas.

Esse cenário promissor se deve ao esforço dos pequenos e médios empresários na profissionalização da gestão das suas empresas, no foco em nichos de mercado emergentes e na constante busca pelo aprimoramento da atividade empresarial, que se especializa cada vez mais e exige uma gestão estratégica tão eficiente quanto a das empresas de grande porte. E por que as pequenas e médias empresas precisam de uma gestão estratégica eficaz?

Preparo para o mercado

A gestão estratégica dá às pequenas e médias empresas o preparo adequado para enfrentar as nuances do mercado como as que enfrentamos agora, como economia em retração, necessidade de otimização de recursos, enfrentamento de crises, queda no potencial de empregabilidade e competitividade aflorada.

Direcionamento para os objetivos organizacionais

É no planejamento estratégico que se definem os objetivos da empresa a longo prazo. Entretanto, é com a gestão estratégica que se persegue esses objetivos e se faz os ajustes necessários para dar continuidade aos negócios em um ambiente de constante mudança, ou seja, a gestão estratégica direciona as ações da empresa e dá um sentido para a atuação das pessoas.

Análise de cenários e tendências

A dinâmica do mercado é cada vez mais ágil, exigindo das PME’s um poder de análise muito grande com relação a cenários e tendências para uma tomada de decisão mais acertada. Nesse sentido, a empresa que investe em uma gestão estratégica tem essas respostas mais rapidamente, pois sua cultura está focada nos resultados, sendo necessário apenas pensar nos caminhos para se chegar até lá.

Identificação de oportunidades

A gestão estratégica é um processo contínuo, que alimenta a empresa de conhecimento de mercado e possibilita a identificação de oportunidades a qualquer momento. Sabendo utilizar esse conhecimento adquirido, pequenas e médias empresas são capazes de aprender com o passado, analisar o presente e construir o futuro com mais segurança.

Divisão de responsabilidades

A gestão estratégica não é responsabilidade apenas uma ou duas pessoas, é responsabilidade de toda a empresa, das lideranças e dos funcionários. Ao conscientizar as pessoas sobre seus papéis para uma gestão estratégica eficaz e focada em resultados, a empresa está desenvolvendo a capacidade de autogestão das pessoas, elevando o potencial de produtividade e engajamento dos funcionários.

Planejamento estratégico mais eficaz

O planejamento estratégico é onde começa a jornada da empresa para uma atuação mais competitiva no mercado, dando as diretrizes para que a gestão da empresa se torne estratégica também e assim os resultados almejados e obtidos possam ser mais positivos para o negócio.

Na medida em que a cultura de gestão estratégica é enraizada na empresa, é possível realizar um novo planejamento estratégico a cada ano, criando novas oportunidades para que as pequenas e médias empresas cresçam e se destaquem no cenário empresarial brasileiro.

Gestão estratégica de empresas é um tema que você nunca pode perder de vista, pois é onde as PME’s mais pecam e onde você pode estabelecer o seu diferencial para tornar-se um negócio de sucesso.

A Priority Partners, através de seus projetos de consultoria e a Artsoft Sistemas, com seu software de gestão ERP, podem ajudá-lo nessa jornada e dar continuidade ao seu processo de aprimoramento! Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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Lucro Real

Após abordarmos os regimes do SIMPLES NACIONAL e do LUCRO PRESUMIDO, chegou a vez de falarmos sobre o LUCRO REAL.

Inicialmente, ressaltamos que este é um assunto extremamente complexo e nosso objetivo aqui é dar uma mera introdução ao assunto. Para aprofundamento maior, visitem o site da Receita Federal, que contém maiores informações sobre a legislação vigente.

Conceitualmente falando, neste regime, o imposto de renda devido é calculado sobre o valor do lucro líquido contábil apurado, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações previstas na legislação. Observando pelo lado do Imposto de Renda e pela CSLL, para uma empresa que opera com prejuízo, ou margem mínima de lucro, normalmente optar pelo regime de LUCRO REAL é vantajoso. Porém, sempre é prudente que a análise seja estendida também para o PIS e COFINS, pois a escolha do regime afeta todos estes tributos. Normalmente, o LUCRO REAL é recomendado para empresas com lucro (antes do Imposto de Renda) inferior a 32% da receita bruta.

As alíquotas de tributação são as seguintes (sem considerar as exceções previstas por lei):

  • PIS – 1,65% (sobre o faturamento, não cumulativo, como falaremos mais adiante);
  • COFINS – 7,6% (sobre o faturamento, não cumulativo, como falaremos mais adiante);
  • CSSL – 9% (sobre lucro apurado trimestralmente ou mensalmente por estimativa);
  • IRPJ – 15% (sobre lucro apurado trimestralmente ou mensalmente por estimativa);
  • IRPJ ADICIONAL – 10% (aplicado sobre a diferença, quando o lucro líquido ultrapassar a R$60 mil no trimestre).

O perfil das empresas optantes pelo regime de tributação LUCRO REAL normalmente é:

  • Margens de lucro baixa;
  • Custos operacionais altos (aluguéis, fretes, energia elétrica e etc.), que podem reduzir a base de cálculo do PIS e COFINS. Falaremos disso mais adiante;
  • Que comprem mercadorias contempladas por benefícios do ICMS ou submetidas ao regime de Substituição Tributária;

De um modo geral, qualquer empresa pode estar enquadrada no regime de LUCRO REAL, porém, em alguns casos, há a obrigatoriedade no enquadramento. Alguns casos são:

  1. Empresas cuja receita total seja superior a R$48MM (Quarenta e oito milhões de reais), ou de R$4MM (Quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses;
  2. Empresas cujas atividades sejam de bancos comerciais, com operações de crédito, arrendamento mercantil ou corretoras;
  3. Empresas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
  4. Empresas que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de imposto;
  5. Empresas que explorem as atividades de factoring.

Um fato importante é que nesse regime, há uma vantagem para as empresas, que podem abater da base de cálculo do PIS e COFINS os seguintes itens:

  1. Bens e serviços, adquiridos para revenda ou utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;
  2. Energia elétrica consumida na própria empresa;
  3. Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a uma PJ, utilizados nas atividades da empresa;
  4. Valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de PJ, exceto de optante pelo SIMPLES;
  5. Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
  6. Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa;
  7. Bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior;
  8. Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda.

Ao optar pelo LUCRO REAL, o empresário deve estar ciente em assumir a obrigatoriedade de escrituração comercial e fiscal rigorosa e adequada. Deverão ser apresentados mensalmente os inventários de estoques, o Demonstrativo de Resultados (DRE), o Relatório de Lançamentos no Caixa e o Livro de Apuração do LUCRO REAL (LALUR), entre outros. Os custos com contador geralmente são maiores neste regime.

Vale ressaltar que a decisão por um regime ou outro deve ser reavaliada anualmente, pois mudanças no cenário (margem de lucro, aumento de despesas, operações de importação ou exportação, produtos com tributação diferente – Substituição Tributária, por exemplo, entre outros casos) podem afetar drasticamente o cálculo dos impostos e um regime adotado anteriormente pode não ser mais tão favorável num segundo momento. Recomendamos não acreditar que uma escolha trará os melhores resultados eternamente.  E por isso é fundamental que a empresa esteja bem organizada em termos de informações gerenciais, no intuito de ajudar nas melhores tomadas de decisão.

Se você possui dúvidas sobre qual regime de tributação deve trabalhar, a Priority Partners, em seus projetos de consultoria,  pode ajudá-lo a decidir.

Fica a dica e bons negócios!!!

Equipe Priority Partners.

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Análise SWOT

Continuando a nossa série da sopa de letras, dessa vez na área de consultoria estratégia, nossa dica da semana é sobre a análise SWOT (do inglês: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). A análise SWOT é uma importante ferramenta utilizada para realizar planejamentos estratégicos, através de uma análise dos ambientes interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa. Essa análise permite que as empresas possam elaborar estratégias relevantes na obtenção de vantagens competitivas e possam entender melhor o cenário em que atuam, podendo assim, posicionar-se melhor estrategicamente em relação aos seus concorrentes, parceiros, fornecedores, clientes e demais agentes do cenário corporativo. Vamos analisar cada um dos itens dessa análise:

FORÇAS – São as características internas da empresa que se apresentam como vantagens em relação à concorrência. Alguns exemplos: equipes qualificadas, ERP bem utilizado, processos bem definidos, liderança no setor que atua, marca reconhecida e respeitada no mercado, qualidade reconhecida dos produtos ou serviços, fluxo de caixa saudável, etc.

FRAQUEZAS – São as características internas da empresa que se apresentam como desvantagens em relação à concorrência, enfim, suas deficiências. Alguns exemplos: parque de máquinas defasado, uso de tecnologia ultrapassada, marketing ineficiente, fluxo de caixa instável ou pouco saudável, baixo índice de retenção de talentos, problemas operacionais ou políticos internos (briga entre sócios), etc.

OPORTUNIDADES – São os aspectos externos (muitas vezes fora do controle da empresa) positivos que podem contribuir para a efetivação dos objetivos estratégicos ou que podem potencializar as vantagens competitivas da empresa. Alguns exemplos: mercado em plena expansão, variação cambial favorável, surgimento de nova tecnologia, falência do principal concorrente, mudanças de hábitos dos consumidores/clientes, etc.

AMEAÇAS – São os aspectos externos negativos (também muitas vezes fora do controle da empresa) que podem prejudicar a efetivação dos objetivos estratégicos ou que podem pôr em risco as vantagens competitivas da empresa. Alguns exemplos: crise macroeconômica, declínio do ciclo de vida de um produto estratégico, novos concorrentes entrantes mais competitivos, câmbio desfavorável, etc.

Veja abaixo um exemplo de apresentação gráfica da análise SWOT:

Matriz Swot

Muitas vezes utilizamos a análise SWOT CRUZADA, que, como o próprio nome diz, consiste em cruzar as 4 informações no intuito de obter planos de ação estratégicos que alavanquem as oportunidades ou mitiguem as ameaças, sempre com o objetivo de obter vantagens competitivas e melhorar o desempenho empresarial no curto, médio ou longo prazo. Em cada um dos cenários, mostramos as palavras-chave sublinhadas e algumas possibilidades de movimento.

  • Forças x Oportunidades:
    • Crescimento das vantagens competitivas (mercado, produtos, serviços, financeiro, capacidade, diversificação);
    • Aproveitamento das áreas de domínio da empresa, com plano de ação ofensivo.
  • Forças x Ameaças:
    • Manutenção (estabilidade, especialização, foco em nichos específicos);
    • Plano de ação para tentar modificar o ambiente a favor da empresa.
  • Fraquezas x Oportunidades:
    • Desenvolvimento (parcerias, expansão, inovação);
    • Plano de ação para aproveitar melhor as oportunidades.
  • Fraquezas x Ameaças:
    • Sobrevivência (redução de custos, venda da empresa, desinvestimento);
    • Plano de ação defensivo com mudanças que protejam a empresa.

Vale ressaltar que esta análise deve ser periodicamente atualizada, pois há variações tanto no ambiente interno quanto externo. Quanto mais sua empresa conhecer estes ambientes, mais capaz será de criar movimentos rápidos de mercado, reagindo de maneira mais eficaz aos obstáculos, potencializando seu crescimento através do aproveitando melhor de suas forças e das oportunidades de mercado.

A Priority Partners, através de seus projetos de consultoria, possui a capacidade de construir cenários através da análise SWOT, aliados a projeções econômicas totalmente customizadas à sua empresa.

Bons negócios e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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10 indicadores para o seu negócio

Você sabe o que está acontecendo com a sua empresa? Você entende sua situação financeira e está pronto para encarar os desafios? Nessa dica, vamos listar os 10 números que são essenciais para a gerência financeira da sua empresa.

  1. Faturamento – Entender seu faturamento é primordial para a gerência do negócio. Faz-se necessário entender o comportamento do faturamento ao longo do ano (sazonalidade de vendas, etc), quais são os clientes principais etc.
  2. Lucro Líquido – Quanto sobra depois de pagar todas as obrigações? Sua empresa dá lucro no final do mês?
  3. Custo dos produtos / Serviços prestados – Quanto custa produzir o meu produto? No caso de revenda, a resposta é relativamente simples: é igual ao custo de aquisição da mercadoria vendida. No caso de uma indústria, é preciso levar em consideração a composição de cada produto e acrescentar outros custos de produção tais como: mão de obra direta, energia, etc.
  4. Impostos – Quanto a empresa paga de impostos sobre o faturamento? E sobre o lucro? A empresa está no regime tributário correto?
  5. Margem Bruta – Quanto sobra para arcar com o custo fixo da empresa depois de pagar todas as despesas diretas (impostos sobre venda, custo, comissão etc.)
  6. Dívida – Qual é o tamanho da dívida da empresa? Um aumento na dívida pode sinalizar problemas no fluxo de caixa.
  7. Estoque – Qual é tamanho do meu estoque? Ele é suficiente para atender à demanda? Qual é o tempo médio de permanência em estoque? Ou seja, em quanto dias a empresa gira o seu estoque? Esse número vai definir o tamanho do estoque necessário para atender à demanda e por consequência a necessidade de investimento em capital de giro para aquisição do mesmo.
  8. Contas a receber – Quanto meus clientes me devem? Em quanto tempo a empresa recebe o dinheiro dos seus clientes? Quanto maior esse prazo maior ficará o Contas a receber e maior será a necessidade de capital de giro
  9. Contas a pagar – Quanto eu devo aos meus fornecedores? Qual o prazo que a empresa tem para quitar as dívidas com os fornecedores dela? Quanto maior esse prazo, menor será a necessidade de capital de giro da empresa.
  10. Ponto de equilíbrio – Quando tenho que vender para pelo menos pagar o meu custo fixo (sem ter lucro nem prejuízo)?

Ter estes indicadores em mãos periodicamente vai possibilitar controlar a situação atual e permitir comparar os resultados atuais com resultados do passado, possibilitando assim, uma ação rápida caso ocorra uma deterioração nos índices mencionados. Esses números precisam ser apresentados de uma maneira fácil para explicar e analisar, por exemplo, em tabelas e gráficos que ajudam o entendimento dos números e das tendências. Lembre-se: o que você não consegue medir, você não consegue administrar!

Relatórios como Balanço Patrimonial, DRE e Fluxo de Caixa tendem a fornecer respostas para essas perguntas e outras mais. A Priority Partners, através de seus projetos de consultoria, é especialista em apurar e reportar esses números e outros para a alta gerência da empresa permitindo controle, redução de custos e melhorias na tomada de decisão.

Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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CAR

O conceito de Contas a Receber engloba os valores que uma determinada empresa tem a receber de seus clientes. Quando uma determinada empresa vende bens ou serviços, ela pode optar por oferecer prazo para os seus clientes efetuarem os pagamentos devidos. Qualquer empresa que não recebe 100% de sua receita à vista tem então algo a receber dos clientes e portanto precisa gerenciar o seu Contas a Receber. Esse valor é controlado pelo departamento financeiro e contábil pois o Contas a Receber é um ativo corrente do balanço patrimonial.

O investimento em Contas a Receber depende de dois fatores: o volume do faturamento e o prazo concedido para o cliente. Quanto maior o faturamento ou o prazo médio de recebimento, maior a necessidade de se investir em Contas a Receber. Devido ao fato do Contas a Receber englobar tanto títulos vencidos quanto títulos a vencer, o seu nível é afetado diretamente pela qualidade da cobrança. Quando o cliente efetua o pagamento, deve-se fazer o registro deste processo, que se chama baixa do Contas a Receber. O processo de baixa do Contas a Receber pode ser bem complexo em empresas com volume grande de vendas por cartão de crédito com várias bandeiras e múltiplas contas bancárias, e vai requerer um maior controle por parte do setor financeiro.

Uma prática comum no controle do Contas a Receber é dividi-lo em 2 grupos: títulos vencidos e a vencer. Dentro de cada um é comum agrupar estes recebíveis por dias de vencimento. No caso dos vencidos, contamos os dias após o vencimento. Já no caso dos a vencer, contamos os dias para o vencimento. Isso se chama Aging (do inglês age = idade). O Aging permite uma visão global do Contas a Receber e a qualidade do processo de cobrança (empresas com um alto índice de Contas a Receber vencido precisam verificar seus processos de cobrança). Segue abaixo o exemplo de uma tabela de Aging:

Aging - CAR

Neste exemplo, podemos perceber que o cliente ABC é o mais problemático em termos de Contas a Receber. Ele tem o maior valor vencido (228.018) e a maior dívida total com a empresa (228.018+388.167=616.185). Já o cliente UVW não tem nenhuma fatura vencida. Outro indicador importante é o percentual de títulos vencidos do total de Contas a Receber, que neste caso é 18,39%. Um crescimento desse indicador mostra que houve uma piora no processo de cobrança e esta precisa ser examinada e tratada.

Ao conceder crédito aos seus clientes, a empresa deve levar em consideração as seguintes premissas:

  1. A probabilidade de default (inadimplência) – Através de uma análise de crédito e o histórico de pagamentos do cliente, a empresa pode determinar qual é o risco do cliente não pagar sua dívida. Quanto maior este risco, menor o prazo a ser concedido.
  2. O valor da fatura – Quanto menor a fatura, menor deve ser o prazo concedido. Faturas menores possuem custo maior de cobrança e normalmente trata-se de clientes de menor importância. Muitas vezes, o prazo de recebimento é determinado pelo mercado (também variando de acordo com o produto) e empresas que praticam prazos menores podem perder espaço para a concorrência.

Gerenciar o Contas a Receber é um processo importante e às vezes complexo. A Priority Partners possui vasta experiência em gestão de Contas a Receber, utilizando modelos financeiros avançados que permitem a melhor tomada de decisão. Estamos disponibilizando um modelo básico de controle de Contas a Receber. Quem tiver interesse, basta clicar aqui e solicitar.

Boa semana e fica a dica!

Equipe Priority Partners.

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CRM

No mundo dos negócios, há uma imensa gama de “sopa de letras”, siglas, muitas vezes oriundas de termos em inglês que normalmente possuem grande importância nas gestão e controle das empresas. Hoje falaremos do CRM – Customer Relationship Management, ou em português Gestão de Relacionamento com o Cliente.

É um conceito que existe há muito tempo e possui vasta abrangência. Como sempre, nosso objetivo aqui é introduzir o assunto para nossos leitores. Para quem quiser se aprofundar, há muito material disponível na Internet.

O CRM nada mais é do que uma metodologia ou um conjunto de ferramentas para otimizar o contato com os clientes de uma empresa (sua razão de existir). É um processo estratégico que, com o passar dos anos, tornou-se fundamental para que as empresas pudessem conhecer melhor o perfil de seus clientes, através de costumes, gostos, preferências, hábitos, locais que frequenta, nível de instrução, profissão, pontos de contato/interseção com os produtos/serviços oferecidos, enfim, todas as características intrínsecas e extrínsecas que permeiam a vida dos seus clientes.

Nesse contexto, a empresa poderá segregar e classificar seus consumidores para poder oferecer produtos de forma direcionada, que agregue valor ao marketing estratégico, tornando-o mais efetivo e otimizando a força de vendas.

O objetivo principal é o de alcançar o cliente com maior qualidade, com um contato mais significativo (seja através de mala direta, telefone ou qualquer outro meio), através de uma melhor informação, de melhor timing. Quando falamos em timing, estamos falando da velocidade com que a informação flui nos dias de hoje e que faz com que a competitividade empresarial fique muito acirrada. Um produto que seja lançado com atraso ou adiantado demais pode fazer com que todo o esforço de planejamento estratégico seja perdido, causando enormes prejuízos financeiros e danos colaterais, como a imagem da empresa.

Portanto, entendemos que cada contato com os clientes é decisivo, desempenhando um papel central numa estratégia de CRM. Há um esforço enorme na fidelização e captação de novos clientes. Na captação, normalmente esse esforço é maior, pois muitas vezes tira o cliente de sua “zona de conforto”, criando mudanças culturais ou até quebra de paradigmas. São movimentos que requerem MUITO planejamento e investimento de recursos, sejam de pessoas, equipamentos e financeiros.

Com os avanços tecnológicos, foram surgindo ao longo dos anos poderosas ferramentas de controle de CRM. São sistemas dedicados que conseguem gerar relatórios eficazes sobre as mais variadas características dos clientes, desde uma lista de aniversariantes do mês, passando pela sazonalidade de compra de certa faixa econômica de clientes numa região até cores de preferência de roupas em clientes dentro de uma faixa etária, com determinado ticket médio. Esses são alguns dos exemplos para ilustrar que esse é um universo quase infinito de possibilidades, para realmente focar e direcionar a força de vendas ao nicho correto de consumidores.

Muitos já devem ter percebido que o próprio Google possui ferramentas de CRM “embutidas”. Quando buscamos um produto ou serviço na Internet, ele identifica nosso interesse e começam a aparecer anúncios, muitas vezes até indesejáveis, tamanha a frequência com que aparecem em sites que visitamos posteriormente e até em nossa timeline do Facebook.

Enfim, bem-vindos ao “Mundo Moderno”. Esse é o momento atual que vivemos e há um imenso “Olho Digital” acompanhando nossas ações no dia-a-dia. Mas claro que isso não é de todo ruim. Dessa forma, também podemos receber mais conteúdo relevante do que simplesmente spams que tantos nos incomodam.

A Priority Partners, devido à grande gama de clientes atendidos nas mais diversas áreas, pode ajudar a sua empresa a escolher os melhores softwares de CRM do mercado, mais adequados e aderentes ao seu business.

Fica a dica e bons negócios!!

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payback

Olá, queridos leitores! Na avaliação de projetos, além de saber o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR), o investidor está interessado em saber quanto tempo ele vai receber o dinheiro investido de volta. O indicador que trata desse assunto é o Payback. O Payback significa em português “Pagar de volta” e ele mede o tempo desde o investimento inicial até o momento em que esse investimento é devolvido por inteiro para o investidor. Quando se trata de um fluxo fixo, a fórmula do Payback é:

Payback = Valor do investimento / Fluxo anual recebido

Por exemplo, um investidor que investe R$ 1.000 e vai receber todo ano R$ 200 em retorno vai ter um Payback de 1000 / 200 = 5 anos.

Alguns pontos importantes para lembrar quando calculamos o Payback:

  • O Payback não considera o valor do dinheiro no tempo, ou seja, diferentemente do VPL, as parcelas futuras são simplesmente somadas. Isso causa que o período calculado seria menor do que se considerássemos o valor do dinheiro no tempo.
  • O Payback não considera o fluxo de caixa depois que o Payback foi atendido (o fluxo virou positivo). A fórmula considera o primeiro momento em que o fluxo virou positivo e desconsidera tudo que acontece depois desse momento.
  • O Payback não considera o risco do investimento.

Cada investidor sabe em quanto tempo ele quer receber o dinheiro investido de volta. O período de Payback depende muito de cada tipo investimento porém, na prática é comum considerar ruins investimentos com Payback maior que 5 anos (mas isso não é uma regra). Mantendo-se todos os outros fatores iguais (TIR, VPL, etc.), o investimento com o menor Payback é o melhor.  O Payback é bastante utilizado pois ele é simples de calcular e bem objetivo. Porém, levando-se em conta estes fatores acima mencionados não é recomendado tomar decisões baseadas somente no Payback.

Existe uma variação do Payback que se chama Payback modificado, esse indicador considera sim o valor do dinheiro no tempo e falaremos mais sobre isso em dicas futuras.

Fica a dica e bons negócios!

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Lucro Presumido

Após abordarmos o regime do SIMPLES NACIONAL, chegou a vez de falarmos sobre o LUCRO PRESUMIDO.

Diferentemente do SIMPLES, onde a alíquota paga é regida pela faixa de faturamento (receita bruta) da empresa, no LUCRO PRESUMIDO, como o próprio nome diz, o governo “presume” qual será o lucro da empresa em função das atividades exercidas. Para as empresas que possuam atividades comerciais, por exemplo, a margem de lucro presumida é de 8% da receita bruta. Já para as ligadas à prestação de serviços, a margem é de 32%.

Em outras palavras, é como se o governo fizesse um cálculo em cima do lucro de todas as empresas que atuam com determinadas atividades. Assim, ele conseguiu identificar um valor médio de lucro dessas empresas, e com isso chegou a um valor médio da alíquota de impostos que deve ser pago. Para ilustrar melhor ainda: se a sua empresa presta serviços, presume-se que o imposto em cima do seu lucro será de 32%, independente se for mais ou menos do que isso. Você acha justo ou injusto? Enfim, essa é a regra do jogo!

Assim como no SIMPLES, há regras para as empresas poderem se adequar nesse regime de tributação:

  • Aquelas cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$78 milhões, no ano-calendário anterior, ou a R$6,5 milhões multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior;
  • Não atuantes no mercado financeiro (bancos comerciais, bancos de investimento, corretoras, etc.) e demais que não estejam obrigadas à tributação pelo LUCRO REAL em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.
  • Não possuam rendimentos de capital oriundos do exterior;
  • Não usufruam de benefícios fiscais;
  • Empresas de pequeno e médio porte, pois é proporcionada uma relação custo benefício (custo x simplificação) melhor que o Simples e o Regime do Lucro Real (especialmente importante para pequenas e médias prestadoras de serviço, pois os principais custos estão na folha de pagamento).

É importante frisar que quando a empresa ultrapassa o limite dos R$78 milhões em algum período de apuração dentro do próprio ano-calendário, ela não precisa alterar imediatamente seu regime de tributação para o LUCRO REAL. Dessa forma, ela pode continuar sendo tributada com base no LUCRO PRESUMIDO dentro do mesmo ano. Porém, automaticamente, estará obrigada a mudar para o LUCRO REAL no ano-calendário subsequente, independente do valor da receita bruta que for auferida naquele ano. Se no ano subsequente, ela voltar ao limite anterior, ela poderá retornar (no ano seguinte) ao LUCRO PRESUMIDO.

Muitos empresários devem se perguntar: qual a vantagem do governo “presumir” o meu lucro?

Na nossa visão, uma resposta plausível para essa pergunta seria: se a sua empresa for mais competitiva e lucrar mais que as suas principais concorrentes, ela pagará os impostos apenas em cima das alíquotas pré-fixadas. Provavelmente, sua empresa pagaria mais impostos se a tributação fosse sobre o LUCRO REAL. Portanto, esse regime de certa forma “exige” que você seja mais eficiente que seu concorrente e com isso consiga melhores preços para seus produtos e serviços. Não é uma tarefa fácil, mas estamos apenas tentando “defender” a regra deste regime. Numa visão mais simplista, outra resposta para definir o regime tributário seria por mera decisão de cada empresa: se o lucro líquido for maior que a alíquota presumida, será melhor optar pelo LUCRO PRESUMIDO. Caso contrário, a empresa deverá optar pelo LUCRO REAL (caso não possa ser enquadrada no SIMPLES).

Outras vantagens poderiam ser descritas também:

  • Este regime é bem mais simples de se trabalhar do que o LUCRO REAL. Os contadores preferem;
  • As alíquotas de PIS e COFINS são menores que as praticadas no LUCRO REAL. Porém, não é possível abater nenhum crédito fiscal da base de cálculo. O regime torna-se mais atraente para as empresas que não possuem muitos créditos a serem abatidos;
  • O fisco dispensa as empresas de obrigações acessórias desde que seja mantido um livro caixa. Porém, muitas também optam por manter o livro diário.

Contrapondo-se às vantagens, entendemos que a desvantagem deste regime seria para as empresas que lucram menos que a alíquota “presumida” pelo governo. E aí caberia a empresa avaliar se valeria a pena entrar no LUCRO REAL, desde que as regras para entrada neste regime sejam exigidas (falaremos sobre este regime num post futuro), ou então, revisar seus custos para melhorar sua lucratividade.

Vamos exemplificar abaixo como funcionam as alíquotas para uma empresa do ramo de prestação de serviços (32% de lucro presumido) e que faturou R$300.000,00 no primeiro trimestre de 2015:

Lucro Presumido Lucro Presumido II Note que o cálculo do IRPJ e CSLL pode ser feito diretamente do lucro (15% e 9%) respectivamente ou pela receita, multiplicando-se estas alíquotas por 32%. Atenção: a alíquota do adicional IR não é fixa em 1,2%. Este valor aplica-se somente para o exemplo acima!

E as demais regras para o pagamento dos impostos:

  1. Os pagamentos dos impostos federais deverão ser antecipados caso o vencimento não seja um dia útil;
  2. A alíquota presumida IRPJ pode cair para 16% (e para 2,4%) se a receita anual for menor que R$120.000,00;
  3. Para o ISS utilizamos a alíquota máxima de 5%, que pode variar dependendo do município;
  4. A apuração dos impostos se dá pelo mês de EMISSÃO da Nota Fiscal. Já a compensação dos mesmos se dá pelo mês de RECEBIMENTO da Nota Fiscal;
  5. Observar as retenções de IRPJ (1,5%) e CSLL (1%) na fonte, para Nfe’s maiores que R$5.000,00, que serão compensados com o imposto trimestral devido.

Não mencionamos aqui os impostos referentes à folha de pagamento (GPS e FGTS), que também deverão ser recolhidos seguindo-se a legislação em vigor.

Se você possui dúvidas sobre qual regime de tributação deve trabalhar, a Priority Partners pode  ajudá-lo a decidir.

Fica a dica e bons negócios!!!

Equipe Priority Partners

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Consultoria, Financeiro, Geral, Gestão

TIR

Na semana retrasada, explicamos o conceito do indicador TIR (Taxa Interna de Retorno) de um fluxo de recebíveis e explicamos como ele pode ser utilizado na avaliação de projetos e empresas. Nessa semana, vamos abordar alguns assuntos importantes para a utilização dessa taxa, que se não forem levados em consideração, podem levar a conclusões equivocadas.

Seguem abaixo as 3 situações:

  1. Projetos mutualmente excludentes:

Suponha que você esteja analisando dois projetos com fluxos de caixa não relacionados e precise escolher executar somente um. Os fluxos são:

  • Projeto 1: {-1000 ; 300 ; 300 ; 300 ; 300 ; 300} – Um investimento inicial de 1000 seguido de 5 entradas positivas de 300.
  • Projeto 2: {-950 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200 ; 200} – Um investimento inicial de 950 seguido de 7 entradas positivas de 200.

O TIR do Projeto 1 é 15,24% e o TIR do segundo é 10,75%. Portanto, se você optou pelo Projeto 1, considerando o critério decisório pelo projeto que possui o maior TIR, você acertou, porém, não tomou a decisão correta. Vamos explicar o porquê:

Segue abaixo o gráfico do VPL dos dois projetos. É possível observar que o VPL (Valor Presente Líquido) do Projeto 1 é superior ao do Projeto 2, não importando a taxa de desconto utilizada. Para este caso específico, a taxa de desconto não influenciou na tomada de decisão pois a curva do gráfico do VPL do Projeto 1 está sempre ACIMA da curva do Projeto 2.

Figura I - TIR

Agora vamos considerar o Projeto 2, um pouco diferente do anterior:

  • Projeto 2: {-400 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100 ; 100} – Um investimento inicial de 400 seguido de 8 entradas positivas de 100.

O Projeto 1 não mudou, então o TIR dele é 15,24% o TIR do novo Projeto 2 é 18,62%, ou seja, maior do que o Projeto 1. O que você faria? Escolherá o Projeto 2? Se a resposta para essa pergunta for SIM, você pode estar equivocado! Observando a figura 2, podemos ver que o VPL do Projeto 2 só é superior ao do Projeto 1 para taxas maiores de 10,5%. Ou seja, se a taxa de desconto do Projeto é maior que 10,5%, você tomou a decisão correta escolhendo Projeto 2. Porém, se a sua taxa de desconto é menor que 10,5%, o VPL do Projeto 1 é maior e portanto será mais vantajoso escolhê-lo.

TIR - Figura II

Esta discussão mostra que ao avaliamos dois projetos mutuamente excludentes, não basta examinar o TIR. Faz-se necessário também verificar qual é o VPL usando a taxa de desconto que escolhemos para descontar o fluxo de recebíveis (para saber como calcular o VPL, veja a dica referente a este assunto clicando aqui).

2 . Fluxos com inversão de sinal:

Agora, vamos imaginar o seguinte fluxo para o nosso projeto:

{-1000 ; 2100 ; -1100}

Nesse caso, precisamos fazer um investimento inicial de 1000, depois teremos uma entrada de caixa de 2100 e na entrega do projeto teremos de desembolsar mais 1100. Novamente colocamos o VPL desse fluxo num gráfico. Observando o mesmo, fica claro que esse fluxo tem mais que um TIR, pois o VPL zera em 0% e em 10%. Em outras palavras, existem 2 taxas que levam o VPL desse fluxo a 0.

TIR com inversão de sinal

Nesse caso, a utilização do TIR também pode levar a uma decisão errada e devemos optar por outros indicadores além do TIR para avaliar o nosso projeto (VPL, Payback, Payback modificado, etc). Abordaremos estes assuntos em dicas futuras.

3. TIR modificado:

Para finalizar, vamos mencionar o TIRM (TIR modificado). O cálculo do TIR usa como premissa que todas as entradas são investidas ao próprio TIR do projeto. Mas se não é o caso, ou seja, se não podemos investir na mesma taxa e sim numa taxa diferente, precisaremos utilizar a função no Excel que se chama TIRM (MIRR em inglês), que permite a utilização de duas taxas: uma para descontar o fluxo e a outra para reinvestimento das entradas.

Pronto! Agora você, nosso leitor, já sabe quando podemos utilizar o TIR e quais são as principais limitações desse indicador importante.

Todos os cálculos e os gráficos desta dica estão disponíveis. Para solicitar, basta clicar aqui.

Fica a dica e bons negócios!

Equipe Priority Partners

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